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26 de Abril de 2024

Ex-procurador atuou como advogado da JBS seis dias após deixar MPF

há 7 anos

Edição do dia 05/08/2017

A informação, revelada pelo jornal O Globo neste sábado (5), foi confirmada por meio da Lei de Acesso a Informacao.

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O advogado e ex-procurador Marcello Miller participou de reunião na Procuradoria-Geral da República como representante da JBS seis dias depois de ter deixado o Ministério Público Federal. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.

Na reportagem publicada neste sábado (5), O Globo revela que, no dia 11 de abril, Marcello Miller participou de reunião na PGR como advogado do grupo J&F, de Joesley Batista. Estavam na reunião integrantes da força-tarefa da Lava Jato e da Operação Greenfield, que também investiga a JBS.

Fazia seis dias que Miller tinha pedido exoneração do cargo de procurador. Ele participou do grupo de trabalho da Lava Jato, em Brasília, até julho de 2016. Desde então atuava como procurador no Rio de Janeiro.

A confirmação da Procuradoria-Geral da República foi obtida pela reportagem do jornal usando a Lei de Acesso a Informacao. A PGR afirmou ao O Globo que Miller compareceu na condição de advogado do grupo empresarial sem o conhecimento prévio dos procuradores e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não participou do encontro nem esteve com Miller depois da exoneração do ex-auxiliar.

A PGR confirmou ainda que Miller voltou lá na semana seguinte, em 18 de abril, onde houve uma reunião sobre o acordo de delação da JBS. No mesmo dia, na Procuradoria da República no Distrito Federal, houve outra reunião para tratar do acordo de leniência do grupo J&F.

A PGR explicou que as negociações eram separadas, realizadas por grupos distintos, e que Miller foi orientado a se dirigir à Procuradoria da República no DF para reunião sobre o tema de sua atuação, o acordo de leniência.

A atuação de Marcello Miller na defesa da JBS foi questionada pelo presidente Michel Temer no pronunciamento que fez, em junho, após ser denunciado por corrupção passiva. O presidente disse que o ex-procurador não tinha cumprido a quarentena que a legislação prevê.

A Procuradoria da República no Distrito Federal apura se houve alguma ilegalidade na atuação de Marcello Miller nesse caso e a vinculação dele ao escritório que trabalhou no acordo de leniência do grupo J&F. A investigação é preliminar à abertura de inquérito civil e não tem prazo para ser concluída.

Marcello Miller disse que, em cumprimento às regras de sigilo profissional, não pode comentar qualquer aspecto da atuação dele, mas afirma, mais uma vez, que não participou de qualquer negociação relacionada à delação premiada dos executivos da JBS.

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